terça-feira, 11 de agosto de 2009

Caminhando

Ele seguia seu caminho.
Então ele continuou!
Por seu caminho?
Planícies, bosques, jardins, e desertos...
Tudo ia bem!
Quando um dia, ao seguir seu caminho ele se deparou com uma imensa pedra!
"Vou escalá-la! -pensou ele- e depois continuarei a seguir meu caminho."
Então ele começou a escalar, passou horas escalando e não conseguiu chegar ao topo da pedra. Ele desceu de lá de cima e ficou olhando aquela pedra.
"Vou rodiá-la! -pensou ele- e depois continuarei a seguir meu caminho."
Então ele começou a andar em volta da pedra, mas por mais que andasse ele não conseguia terminar de rodiar a pedra.
Ele então parou e voltou a olhar aquela pedra!
"Vou levantá-la e tirá-la do meu caminho! -pensou ele sabendo que não conseguiria- e depois continuarei a seguir o meu caminho."
Ele apoiou então as suas duas mãos em lugares da pedra em que conseguia segurar firmemente e começou inutilmente a fazer força para mover a pedra.
Logo, quando finalmente resolveu dar ouvidos a lógica e a dor que sentia em seus braços ele desistiu de tentar mover a pedra com as mãos.
Mas uma vez ele parou e se pois a contemplar a pedra.
Depois de algum tempo, ali sentado apenas olhando aquela pedra, ele se levantou!
"já sei! -pensou ele- vou cavar um túnel e depois continuarei a seguir o meu caminho."
Ele pegou uma pá e começou a cavar um buraco, mas sempre que tentava cavar em sentido a frente ele ainda se deparava com a pedra.
Então ele continuou a cavar, cavar, cavar...
Derrepente parou!
Olhou para cima e pensou "Droga! Agora além de ter essa pedrona na minha frente ainda entrei num buracão! tenho que sair daqui"
Com muito esforço ele conseguiu sair do buraco, e quando saiu, ele voltou a olhar a pedra.
Tomado por raiva, ele pegou a pá que usava para cavar e começou a bater na pedra com a pá.
Aquela pedra foi se quebrando pouco a pouco, mas não por inteira.
Então em um momento ele caiu no chão, estava muito cançado!
Grudado ao chão de tanto cansaço ele olhou em volta, de um lado a poesia, verbos e versos, de outro a determinação de seguir em frente e continuar a seguir!
Olhou de novo para a pedra e percebeu que enquanto ele batia com a pá, a pedra tomava formas!
Olhou novamente em volta, e fez da poesia, dos versos e dos verbos seus instrumentos!
Ele esculpiu aquela pedra!
E apesar de nunca ter conseguido mover aquela pedra dalí, ela ainda hoje continua lá, mas agora ela ela tem sua forma!
Uma linda e bela forma!
E aquela pedra se chamava...
Sentimento!

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